Juiz impede menina estuprada de abortar no México.
Mundo
Publicado em 02/08/2016

A manobra legal de um juiz do estado mexicano de Sonora (noroeste) impediu o aborto de uma menina de 13 anos, grávida depois de ter sido estuprada, embora o aborto esteja contemplado na lei em casos de estupro. A menor, de uma família indígena, foi estuprada em maio por um homem próximo a sua família. Embora tenha denunciado a agressão, as autoridades de saúde não forneceram as medidas de anticoncepção de emergência e, após a confirmação da gravidez, agora nega a ela o direito de abortar, disse à Alex Alí Méndez, advogado do Grupo de Informação em Reprodução Escolhida (GIRE). "O Ministério Público estabeleceu o caso como estupro, mas o juiz, em uma manobra legal, o mudou por abuso sexual, que é um crime menor. E assim nega a esta menina o direito ao aborto, que está permitido no código penal de Sonora em caso de estupro", detalhou Méndez. Gilberto Ungson, secretário de Saúde de Sonora, disse  que a classificação do crime foi responsabilidade do juiz e, por isso, o órgão está impossibilitado legalmente de cumprir com a solicitação de realizar o aborto.

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